Questões de Português - Gramática - Figuras de Linguagem - Polissíndeto
Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira no que se refere às figuras da linguagem, em seguida marque a opção correta:
(1) Polissíndeto
(2) Anacoluto
(3) Pleonasmo
(4) Anáfora
(5) Antítese
(6) Gradação
(7) Sinestesia
( ) “Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
( ) “Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)
( ) “O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo Bilac)
( ) “Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)
( ) “Como era áspero o aroma daquela fruta exótica” (Giuliano Fratin)
( ) “Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer” (Camões)
( ) “O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de Andrade)
Leia o poema de Olavo Bilac para responder à questão.
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Poemas, 1976.)
“Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
A figura de linguagem presente no verso é
Leia o texto a seguir.
ANÚNCIO CLASSIFICADO
[1] Procura-se apartamento
[2] pequeno, bem situado,
[3] onde caibam dois amantes
[4] de frente como de lado.
[5] Quer-se bem perto do mar
[6] e bem longe do barulho,
[7] de modo que a única música
[8] ouvida seja a de Bach,
[9] de Corette,de Bomporti,
[10] com seus preciosos discos
[11] arrumados de tal sorte
[12] que inda caibam uns livros
[13] de poesia, está claro,
[14] e também (toda uma estante)
[15] os tratados de Epicuro,
[16] Descartes, Spinoza, Kant.
[17] A mesa-de-cabeceira
[18] deve ficar a seu cômodo
[19] para que nenhuma aresta
[20] machuque o amor na testa.
[21] E a cama, sem ser estreita,
[22] nem larga como avenida,
[23] tenha espaço suficiente
[24] para as doçuras da vida.
[25] Caibam na pequena copa
[26] a bandeja, o biscoitinho,
[27] hoje guardados no armário
[28] dos alvos lençóis de linho,
[29] bem como aquelas garrafas
[30] do escocês nacional
[31] que a gente, faute de mieux,
[32] ingere e não nos faz mal.
[33] Procura-se apartamento
[34] de quarto-e-sala (tão pouco
[35] e tão muito), sem barata,
[36] sem mosquito rezinguento,
[37] sem vizinhos enervantes
[38] que gritem palavras sujas,
[39] sem terríveis, sem constantes
[40] cortes d’água quando as nuas
[41] formas já ensaboadas
[42] se restauravam, cuidando
[43] de logo após se enroscarem
[44] nas formas do amor, amando.
[45] Quem souber de tal imóvel
[46] não fique imóvel: na asa
[47] do vento que me informe onde,
[48] onde é que fica essa casa!
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 2003.
Em “...na asa do vento ...” (linhas 46-47), existe
Releia a 4ª. estrofe do texto de Eliane Potiguara a seguir.
“Era gente de todas as caras
Era gente de todas as correntes
Era gente comum
Era uma gente crente!”
Assinale a alternativa correta quanto ao recurso estilístico-expressivo presente nos termos grifados.
TEXTO
Dragão do Mar fez Ceará abolir a escravidão 4 anos antes da Lei Áurea
Maria Fernanda Garcia
O Brasil comemora no dia 13 de maio a
abolição da escravidão no país, oficializada
pela Lei Áurea, em 1888. O que muitos
[180] desconhecem é que o estado do Ceará
aboliu a escravidão quatro anos antes da
Lei Áurea. Em 25 de março de 1884, o
presidente da província, Sátiro de Oliveira
Dias, declarou a libertação de todos os
[185] escravos do Ceará, tornando o estado o
primeiro a abolir a escravidão no país.
Isso foi possível graças a Francisco
José do Nascimento, também conhecido
como Dragão do Mar ou Chico da Matilde.
[190] Homem de origem humilde, jangadeiro e
abolicionista, teve participação ativa no
Movimento Abolicionista no Ceará.
Francisco José era chefe dos
jangadeiros e, em 1881, convenceu os
[195] colegas jangadeiros a se recusarem a
transportar para os navios negreiros
os escravos vendidos para o sul do Brasil.
A ação repercutiu no país e somada às
ações dos outros abolicionistas do Ceará,
[200] que pertenciam à elite econômica e
intelectual do estado, levou ao fim da
escravidão no Ceará.
A ação iniciada pelo Dragão do Mar foi
tão importante que Angelo Agostini
[205] (desenhista ítalo-brasileiro) registrou o fato
na capa da Revista Illustrada, com uma
ilustração alegórica de Francisco
Nascimento, com a seguinte legenda: “À
testa dos jangadeiros cearenses,
[210] Nascimento impede o tráfico dos escravos
da província do Ceará vendidos para o sul”.
Francisco José do Nascimento virou um
símbolo da resistência popular cearense
contra a escravidão e foi homenageado pelo
[215] governo do Ceará, com seu nome dado ao
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura,
pelo que ele e seus colegas realizaram em
nome da liberdade, em 1881, na Praia de
Iracema. Francisco faleceu em Fortaleza em
[220] 05 de março de 1914.
GARCIA, Maria Fernanda. Dragão do Mar fez Ceará abolir a escravidão 4 anos antes da Lei Áurea. Observatório do Terceiro Setor. 2018. Disponível em: https://observatorio3setor.org.br/carrossel/dragao-domar-fez-ceara-abolir-a-escravidao-4-anos-antes-da-leiaurea/ Acesso em: 09 de maio de 2019.
O texto apresenta Francisco José do Nascimento como líder dos jangadeiros. Seu nome é retomado de várias formas, tais como Dragão do Mar, Chico da Matilde, Francisco e Nascimento.
O objetivo dessa retomada é
TEXTO
Cosendo os pontos do dia
Põe-se a mesa a cada refeição. A cada refeição tira-se a mesa. Lava-se o copo, lavam-se os cabelos. A roupa também se lava. A escova esfrega a parte renitente.
Desço da cama e ando. Descalça meu pé fica sujo. Lavo o pé, calço o sapato e ando. Vou até ali e volto. Vou até a esquina e volto. Vou até a cidade e volto. Vou e volto.
O prato na mesa, o talher do lado, o talher do outro, o copo na frente. Tomates e cebolas. Depois a sobremesa. Por último, o café.
COLASANTI, Marina. Cosendo os pontos do dia. In: ______. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2003. p. 75. Adaptado.
Percebe-se no Texto, de Marina Colasanti, que a autora utiliza artifícios linguísticos para retratar a rotina cotidiana.
Marque a alternativa que apresenta as figuras de linguagem que contribuem para a construção dessa ideia:
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