"Não bastava ao colono limitar fisicamente, com o auxílio de sua polícia e de sua gendarmaria, o espaço do colonizado. Como que para ilustrar o caráter totalitário da exploração colonial, o colono faz do colonizado uma espécie de quintessência do mal. A sociedade colonial não é apenas desértica como uma sociedade sem valores. Não, mas ao colono afirmar que seus valores desarecem ou melhor jamais habitaram, o mundo colonizado. O indígena é declarado impreverível e ética, ausência de valores, como também negação dos valores. E, ouvamos os confessá-lo, o inimigo dos valores." FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968, p. 30-31.
Sobre o contexto histórico retratado no excerto de Fanon, é possível afirmar que:
I - A expansão colonial europeia se deu na modernidade e buscou impor seu padrão de civilização branca, patriarcal e cristã.
II - A razão iluminista via o outro, não europeu, como um ser superior capaz de lhe dar lições sobre economia, cuidado com meio ambiente, organização familiar.
III - Entre as marcas da modernidade europeia se encontram a invenção da imprensa, a expansão marítima, o absolutismo e direito divino, a escravização dos africanos e indígenas, a racialização dos povos conquistados
Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que