Leia a charge para responder à questão.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas da charge devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Leia o poema para responder à questão.
Definiilição
O poeta é aquele
que tem o nada
e sabe
que ser poeta
é não ser.
(Antônio Mariano. Guarda-chuvas esquecidos, 2005.)
Considere as informações obtidas no Dicionário Houaiss:
• definição: capacidade de descrever (algo, alguém ou a si mesmo) por seus caracteres distintos.
• niil: do latim nihil: nada.
Comparando as informações, conclui-se que o título do poema é formado por
Leia o poema para responder à questão.
Definiilição
O poeta é aquele
que tem o nada
e sabe
que ser poeta
é não ser.
(Antônio Mariano. Guarda-chuvas esquecidos, 2005.)
Para construir sua definição de poeta, o eu lírico recorre
Leia o texto para responder à questão.
Halim acenou com as duas mãos, mas o filho demorou a reconhecer aquele homem vestido de branco, um pouco mais baixo do que ele. Por pouco não esquecera o rosto do pai, os olhos do pai e o pai por inteiro. Apreensivo, ele se aproximou do moço, os dois se entreolharam e ele, o filho, perguntou: “Baba?”. E depois os quatro beijos no rosto, o abraço demorado, as saudações em árabe. Saíram da praça Mauá abraçados e foram até a Cinelândia. O filho falou da viagem e o pai lamentou a penúria em Manaus, a penúria e a fome durante os anos da guerra. Na Cinelândia sentaram-se à mesa de um bar, e no meio do burburinho Yaqub abriu o farnel e tirou um embrulho, e o seu pai viu pães embolorados e uma caixa de figos secos. Só isso trouxera do Líbano? Nenhuma carta? Nenhum presente? Não, não havia mais nada no farnel, nem roupa nem presentes, nada! Então Yaqub explicou em árabe que o tio, o irmão do pai, não queria que ele voltasse para o Brasil.
Calou. Halim baixou a cabeça, pensou em falar do outro filho, hesitou. Disse: “Tua mãe…”, e também calou. Viu o rosto crispado de Yaqub, viu o filho levantar-se, aperreado, arriar a calça e mijar de frente para a parede do bar em plena Cinelândia. Mijou durante uns minutos, o rosto agora aliviado, indiferente às gargalhadas dos que passavam por ali. Halim ainda gritou, “Não, tu não deves fazer isso…”, mas o filho não entendeu ou fingiu não entender o pedido do pai.
(Milton Hatoum. Dois irmãos, 2006.)
Nas narrativas literárias, é comum o recurso ao discurso indireto livre, em que são tênues os limites entre a fala do narrador e a da personagem.
No texto, esse tipo de discurso está presente na seguinte passagem:
Leia o texto para responder à questão.
Halim acenou com as duas mãos, mas o filho demorou a reconhecer aquele homem vestido de branco, um pouco mais baixo do que ele. Por pouco não esquecera o rosto do pai, os olhos do pai e o pai por inteiro. Apreensivo, ele se aproximou do moço, os dois se entreolharam e ele, o filho, perguntou: “Baba?”. E depois os quatro beijos no rosto, o abraço demorado, as saudações em árabe. Saíram da praça Mauá abraçados e foram até a Cinelândia. O filho falou da viagem e o pai lamentou a penúria em Manaus, a penúria e a fome durante os anos da guerra. Na Cinelândia sentaram-se à mesa de um bar, e no meio do burburinho Yaqub abriu o farnel e tirou um embrulho, e o seu pai viu pães embolorados e uma caixa de figos secos. Só isso trouxera do Líbano? Nenhuma carta? Nenhum presente? Não, não havia mais nada no farnel, nem roupa nem presentes, nada! Então Yaqub explicou em árabe que o tio, o irmão do pai, não queria que ele voltasse para o Brasil.
Calou. Halim baixou a cabeça, pensou em falar do outro filho, hesitou. Disse: “Tua mãe…”, e também calou. Viu o rosto crispado de Yaqub, viu o filho levantar-se, aperreado, arriar a calça e mijar de frente para a parede do bar em plena Cinelândia. Mijou durante uns minutos, o rosto agora aliviado, indiferente às gargalhadas dos que passavam por ali. Halim ainda gritou, “Não, tu não deves fazer isso…”, mas o filho não entendeu ou fingiu não entender o pedido do pai.
(Milton Hatoum. Dois irmãos, 2006.)
No segundo parágrafo do texto, afirma-se que as pessoas gargalhavam de Yaqub.
Isso acontecia porque sua atitude
Leia o texto para responder à questão.
S. Pedro de Roma não tem saído muito das arcas nestes últimos anos. É que, ao contrário do que geralmente acredita o vulgo ignaro, os reis são tal e qual os homens comuns, crescem, amadurecem, variam-se-lhes os gostos com a idade, quando por comprazimento público se não ocultam de propósito, outros por necessidade política se vão às vezes fingindo. Além disso, é da sabedoria das nações e da experiência dos particulares que a repetição traz a saciedade. A basílica de S. Pedro já não tem segredos para D. João V. Poderia armá-la e desarmá-la de olhos fechados, sozinho ou com ajuda, começando pelo norte ou pelo sul, pela colunata ou pela abside, peça por peça ou em partes conjuntas, mas o resultado final é sempre o mesmo, uma construção de madeira, um legos, um meccano, um lugar de fingimento onde nunca serão rezadas missas verdadeiras, embora Deus esteja em todo o lado.
(José Saramago. Memorial do convento, 1995.)
De acordo com a norma-padrão, garantindo-se os princípios de coesão e coerência textual, o trecho “Além disso, é da sabedoria das nações e da experiência dos particulares que a repetição traz a saciedade.
A basílica de S. Pedro já não tem segredos para D. João V.” está corretamente reescrito em: