EPCAR* 2017
48 Questões
TEXTO I
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem
branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é
o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele
da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra.
[5] Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da
mesma maneira ao homem vermelho como ao branco.
A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é
demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco
também vai desaparecer, talvez mais depressa do que
[10] as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e
há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios
dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados
todos os cavalos selvagens, quando as matas
misteriosas federem à gente, quando as colinas
[15] escarpadas se encherem de fios que falam, onde
ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias?
Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da
torre e à caça; o fim da vida e o começo da luta pela
sobrevivência. (...)
[20] Talvez compreendêssemos com que sonha o
homem branco se soubéssemos quais as esperanças
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno,
quais visões do futuro oferecem para que possam ser
formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos
[25] selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos
para nós. E por serem ocultos temos que escolher o
nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é
para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias como
[30] desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver
partido e a sua lembrança não passar da sombra de
uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do
meu povo continuará a viver nestas florestas e praias,
porque nós as amamos como um recém-nascido ama o
[35] bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa
terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como
nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra
quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o
seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os
[40] seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma
coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta
terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco
pode evitar o nosso destino comum."
(www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016)
Da leitura do texto, é correto afirmar que o locutor/emissor da carta
TEXTO I
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem
branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é
o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele
da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra.
[5] Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da
mesma maneira ao homem vermelho como ao branco.
A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é
demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco
também vai desaparecer, talvez mais depressa do que
[10] as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e
há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios
dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados
todos os cavalos selvagens, quando as matas
misteriosas federem à gente, quando as colinas
[15] escarpadas se encherem de fios que falam, onde
ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias?
Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da
torre e à caça; o fim da vida e o começo da luta pela
sobrevivência. (...)
[20] Talvez compreendêssemos com que sonha o
homem branco se soubéssemos quais as esperanças
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno,
quais visões do futuro oferecem para que possam ser
formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos
[25] selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos
para nós. E por serem ocultos temos que escolher o
nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é
para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias como
[30] desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver
partido e a sua lembrança não passar da sombra de
uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do
meu povo continuará a viver nestas florestas e praias,
porque nós as amamos como um recém-nascido ama o
[35] bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa
terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como
nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra
quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o
seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os
[40] seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma
coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta
terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco
pode evitar o nosso destino comum."
(www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016)
Percebe-se que, nas linhas 02, 03, 09 e 20, ocorre enfaticamente o uso da expressão “talvez”. Esse reiterado uso leva o leitor a inferir que o autor
TEXTO I
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem
branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é
o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele
da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra.
[5] Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da
mesma maneira ao homem vermelho como ao branco.
A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é
demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco
também vai desaparecer, talvez mais depressa do que
[10] as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e
há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios
dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados
todos os cavalos selvagens, quando as matas
misteriosas federem à gente, quando as colinas
[15] escarpadas se encherem de fios que falam, onde
ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias?
Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da
torre e à caça; o fim da vida e o começo da luta pela
sobrevivência. (...)
[20] Talvez compreendêssemos com que sonha o
homem branco se soubéssemos quais as esperanças
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno,
quais visões do futuro oferecem para que possam ser
formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos
[25] selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos
para nós. E por serem ocultos temos que escolher o
nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é
para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias como
[30] desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver
partido e a sua lembrança não passar da sombra de
uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do
meu povo continuará a viver nestas florestas e praias,
porque nós as amamos como um recém-nascido ama o
[35] bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa
terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como
nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra
quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o
seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os
[40] seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma
coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta
terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco
pode evitar o nosso destino comum."
(www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016)
Observe os trechos destacados e as análises apresentadas. Assinale a alternativa que contém uma classificação e/ou uma análise INCORRETA da(s) figura(s) de linguagem.
TEXTO I
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem
branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é
o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele
da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra.
[5] Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da
mesma maneira ao homem vermelho como ao branco.
A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é
demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco
também vai desaparecer, talvez mais depressa do que
[10] as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e
há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios
dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados
todos os cavalos selvagens, quando as matas
misteriosas federem à gente, quando as colinas
[15] escarpadas se encherem de fios que falam, onde
ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias?
Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da
torre e à caça; o fim da vida e o começo da luta pela
sobrevivência. (...)
[20] Talvez compreendêssemos com que sonha o
homem branco se soubéssemos quais as esperanças
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno,
quais visões do futuro oferecem para que possam ser
formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos
[25] selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos
para nós. E por serem ocultos temos que escolher o
nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é
para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias como
[30] desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver
partido e a sua lembrança não passar da sombra de
uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do
meu povo continuará a viver nestas florestas e praias,
porque nós as amamos como um recém-nascido ama o
[35] bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa
terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como
nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra
quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o
seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os
[40] seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma
coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta
terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco
pode evitar o nosso destino comum."
(www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016)
Assinale a alternativa cuja análise está correta.
TEXTO I
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem
branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é
o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele
da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra.
[5] Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da
mesma maneira ao homem vermelho como ao branco.
A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é
demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco
também vai desaparecer, talvez mais depressa do que
[10] as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e
há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios
dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados
todos os cavalos selvagens, quando as matas
misteriosas federem à gente, quando as colinas
[15] escarpadas se encherem de fios que falam, onde
ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias?
Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da
torre e à caça; o fim da vida e o começo da luta pela
sobrevivência. (...)
[20] Talvez compreendêssemos com que sonha o
homem branco se soubéssemos quais as esperanças
transmite a seus filhos nas longas noites de inverno,
quais visões do futuro oferecem para que possam ser
formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos
[25] selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos
para nós. E por serem ocultos temos que escolher o
nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é
para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias como
[30] desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver
partido e a sua lembrança não passar da sombra de
uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do
meu povo continuará a viver nestas florestas e praias,
porque nós as amamos como um recém-nascido ama o
[35] bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa
terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como
nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra
quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o
seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os
[40] seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma
coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta
terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco
pode evitar o nosso destino comum."
(www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016)
Assinale a opção que contém uma análise correta dos períodos abaixo.
TEXTO II
Carta da Terra (excerto)
A Carta da Terra é um documento produzido no final da década de 1990 com a participação de 46 países.
“Ela representa um grito de urgência face às ameaças que pesam sobre a biosfera e o projeto planetário humano. Significa também um libelo em favor da esperança de um futuro comum da Terra e Humanidade.” (Leonardo Boff)
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA
(...)
4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as
atuais e as futuras gerações.
[5]
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada
geração é condicionada pelas necessidades das
gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e
[10] instituições que apoiem, em longo prazo, a
prosperidade das comunidades humanas e ecológicas
da Terra.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
[15]
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas
ecológicos da Terra, com especial preocupação pela
diversidade biológica e pelos processos naturais
que sustentam a vida.
[20] (...)
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas
ameaçadas.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou
modificados geneticamente que causem dano às
[25] espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a
introdução desses organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como água,
solo, produtos florestais e vida marinha de forma que
não excedam as taxas de regeneração e que protejam a
[30] sanidade dos ecossistemas.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor
método de proteção ambiental e, quando o
conhecimento for limitado, assumir uma postura de
[35] precaução.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios
ou irreversíveis danos ambientais mesmo quando a
informação científica for incompleta ou não conclusiva.
[40] (...)
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio
ambiente e não permitir o aumento de substâncias
radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
(...)
(Ministério do Meio Ambiente. www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/carta-terra.pdf. Acesso em 20/05/2016)
De acordo com os princípios apresentados nesse excerto da “Carta da Terra”, é correto afirmar que