FDV 2015/1
70 Questões
Texto será norteador para a questão.
TEXTO – A CONVIVÊNCIA COM A INTERNET
A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não está simples, tampouco fácil. São tantas as tentações às quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E está difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco têm investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos.
Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam elas adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas.
Vou reunir alguns acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas aí é tarde demais, porque o texto já se espalhou.
Recebi de uma pessoa conhecida um vídeo com o pedido de uma análise. Eu fiquei tão chocada que logo apaguei, mas as imagens que vi não saem de minha memória. Uma garota, de mais ou menos 12 anos, filmada de frente, faz sexo oral com um menino com mais ou menos a mesma idade. Ao final, ela diz a frase "Agora você", chamando outro garoto que, pelo jeito, está em uma fila. Pelo som, dá para perceber muitas outras crianças por perto.
E, caro leitor: você tem ideia do cenário dessa filmagem? Uma sala de aula de uma escola particular. Não é hora de aula: não há adulto na sala, só crianças. Mas elas estão de uniforme, e as carteiras e a lousa são mostradas.
Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos de momentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes.
O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos têm tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles.
Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que educação moral, ética, etc. é papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influências.
Por isso, investir na formação do espírito crítico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes é outra boa possibilidade. E isso é papel tanto da família quanto da escola.
Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais podem (e devem) ser questionados. Mas questionados com ideias ancoradas no conhecimento.
Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm é alto. Só falta acreditarmos nisso.
(SAYÃO, Rosely. A convivência com a internet. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2014)
Analise as proposições a seguir sobre o texto:
I – A internet faz uma apologia à promiscuidade.
II – A formação crítica de jovens e adolescentes tem sido rara, o que acaba por expô-los às tentações da modernidade.
III – O papel da família de aconselhar, mostrar os perigos e limitar o uso de tecnologia tem se mostrado inócuo.
IV – Os adolescentes que utilizam as redes sociais devem responder pelos atos praticados, quer sejam de natureza moral, quer sejam de natureza sexual.
Marque a opção correta:
Texto será norteador para a questão.
TEXTO – A CONVIVÊNCIA COM A INTERNET
A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não está simples, tampouco fácil. São tantas as tentações às quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E está difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco têm investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos.
Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam elas adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas.
Vou reunir alguns acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas aí é tarde demais, porque o texto já se espalhou.
Recebi de uma pessoa conhecida um vídeo com o pedido de uma análise. Eu fiquei tão chocada que logo apaguei, mas as imagens que vi não saem de minha memória. Uma garota, de mais ou menos 12 anos, filmada de frente, faz sexo oral com um menino com mais ou menos a mesma idade. Ao final, ela diz a frase "Agora você", chamando outro garoto que, pelo jeito, está em uma fila. Pelo som, dá para perceber muitas outras crianças por perto.
E, caro leitor: você tem ideia do cenário dessa filmagem? Uma sala de aula de uma escola particular. Não é hora de aula: não há adulto na sala, só crianças. Mas elas estão de uniforme, e as carteiras e a lousa são mostradas.
Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos de momentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes.
O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos têm tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles.
Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que educação moral, ética, etc. é papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influências.
Por isso, investir na formação do espírito crítico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes é outra boa possibilidade. E isso é papel tanto da família quanto da escola.
Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais podem (e devem) ser questionados. Mas questionados com ideias ancoradas no conhecimento.
Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm é alto. Só falta acreditarmos nisso.
(SAYÃO, Rosely. A convivência com a internet. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2014)
Acerca da estrutura textual, observe as assertivas a seguir:
I – Em “tampouco fácil” (1º parág.), ocorre um processo de elipse, pois há a omissão de uma expressão mencionada anteriormente.
II – Em “sejam elas jovens, sejam elas adultas” (2º parág.), a repetição do verbo “ser” visa à ênfase da passagem de tempo para as pessoas.
III – A expressão “por isso” (9º parág.) introduz uma conclusão em relação à discussão. Para tanto, apresenta as possíveis soluções para a situação.
IV – Em “nisso” (11º parág.), o pronome demonstrativo retoma a ideia antecedente que assegura que os adolescentes têm um potencial muito alto.
Assinale a alternativa correta:
Texto será norteador para a questão.
TEXTO – A CONVIVÊNCIA COM A INTERNET
A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não está simples, tampouco fácil. São tantas as tentações às quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E está difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco têm investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos.
Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam elas adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas.
Vou reunir alguns acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas aí é tarde demais, porque o texto já se espalhou.
Recebi de uma pessoa conhecida um vídeo com o pedido de uma análise. Eu fiquei tão chocada que logo apaguei, mas as imagens que vi não saem de minha memória. Uma garota, de mais ou menos 12 anos, filmada de frente, faz sexo oral com um menino com mais ou menos a mesma idade. Ao final, ela diz a frase "Agora você", chamando outro garoto que, pelo jeito, está em uma fila. Pelo som, dá para perceber muitas outras crianças por perto.
E, caro leitor: você tem ideia do cenário dessa filmagem? Uma sala de aula de uma escola particular. Não é hora de aula: não há adulto na sala, só crianças. Mas elas estão de uniforme, e as carteiras e a lousa são mostradas.
Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos de momentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes.
O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos têm tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles.
Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que educação moral, ética, etc. é papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influências.
Por isso, investir na formação do espírito crítico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes é outra boa possibilidade. E isso é papel tanto da família quanto da escola.
Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais podem (e devem) ser questionados. Mas questionados com ideias ancoradas no conhecimento.
Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm é alto. Só falta acreditarmos nisso.
(SAYÃO, Rosely. A convivência com a internet. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2014)
Para defender a sua tese, a autora recorre a recursos argumentativos. Assinale a opção que não corresponde a uma estratégia argumentativa.
Texto será norteador para a questão.
TEXTO – A CONVIVÊNCIA COM A INTERNET
A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não está simples, tampouco fácil. São tantas as tentações às quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E está difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco têm investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos.
Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam elas adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas.
Vou reunir alguns acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas aí é tarde demais, porque o texto já se espalhou.
Recebi de uma pessoa conhecida um vídeo com o pedido de uma análise. Eu fiquei tão chocada que logo apaguei, mas as imagens que vi não saem de minha memória. Uma garota, de mais ou menos 12 anos, filmada de frente, faz sexo oral com um menino com mais ou menos a mesma idade. Ao final, ela diz a frase "Agora você", chamando outro garoto que, pelo jeito, está em uma fila. Pelo som, dá para perceber muitas outras crianças por perto.
E, caro leitor: você tem ideia do cenário dessa filmagem? Uma sala de aula de uma escola particular. Não é hora de aula: não há adulto na sala, só crianças. Mas elas estão de uniforme, e as carteiras e a lousa são mostradas.
Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos de momentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes.
O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos têm tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles.
Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que educação moral, ética, etc. é papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influências.
Por isso, investir na formação do espírito crítico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes é outra boa possibilidade. E isso é papel tanto da família quanto da escola.
Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais podem (e devem) ser questionados. Mas questionados com ideias ancoradas no conhecimento.
Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm é alto. Só falta acreditarmos nisso.
(SAYÃO, Rosely. A convivência com a internet. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2014)
No que tange aos usos verbais, assinale a opção incorreta:
Texto será norteador para a questão.
TEXTO – A CONVIVÊNCIA COM A INTERNET
A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não está simples, tampouco fácil. São tantas as tentações às quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E está difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco têm investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos.
Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam elas adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas.
Vou reunir alguns acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas aí é tarde demais, porque o texto já se espalhou.
Recebi de uma pessoa conhecida um vídeo com o pedido de uma análise. Eu fiquei tão chocada que logo apaguei, mas as imagens que vi não saem de minha memória. Uma garota, de mais ou menos 12 anos, filmada de frente, faz sexo oral com um menino com mais ou menos a mesma idade. Ao final, ela diz a frase "Agora você", chamando outro garoto que, pelo jeito, está em uma fila. Pelo som, dá para perceber muitas outras crianças por perto.
E, caro leitor: você tem ideia do cenário dessa filmagem? Uma sala de aula de uma escola particular. Não é hora de aula: não há adulto na sala, só crianças. Mas elas estão de uniforme, e as carteiras e a lousa são mostradas.
Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos de momentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes.
O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos têm tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles.
Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que educação moral, ética, etc. é papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influências.
Por isso, investir na formação do espírito crítico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes é outra boa possibilidade. E isso é papel tanto da família quanto da escola.
Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais podem (e devem) ser questionados. Mas questionados com ideias ancoradas no conhecimento.
Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm é alto. Só falta acreditarmos nisso.
(SAYÃO, Rosely. A convivência com a internet. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2014)
Concernente aos aspectos linguísticos e discursivos do texto, verifique as proposições a seguir:
I – A construção – “Vou reunir alguns acontecimentos [...]”(2º parág.) – trata-se de um “aviso” ao leitor para que ele se situe quanto ao desenvolvimento textual. Por isso, esta é uma estratégia que confere maior organização textual e também maior interação entre os sujeitos do processo comunicativo.
II – O emprego de primeira pessoa poder retratar uma experiência individual e singular. Isso é evidente no 4º parágrafo.
III – A construção “[...] dá para perceber [...]”(4º parág.) remete a um implícito, que indica que existem outros meninos na fila.
IV – Em “E, caro leitor: você tem ideia do cenário dessa filmagem?” (5º parág.), o aposto não só expressa um diálogo, mas também faz uma provocação ao leitor, criando no receptor a expectativa acerca do lugar.
Marque a opção correta:
Texto será norteador para a questão.
TEXTO – A CONVIVÊNCIA COM A INTERNET
A vida de nossas crianças e de nossos adolescentes não está simples, tampouco fácil. São tantas as tentações às quais eles estão submetidos, que fica difícil resistir. E está difícil principalmente porque a formação crítica que eles precisariam ter a respeito da vida tem sido escassa. Família e escola pouco têm investido nisso, talvez porque subestimem a capacidade de reflexão dos mais novos.
Vamos considerar a convivência deles com os recursos que a internet disponibiliza. Um passeio por blogs, portais com artigos opinativos e/ou analíticos, reportagens, etc., logo mostra, nos comentários, a violência e a agressividade com que as pessoas se manifestam, sejam elas jovens, sejam elas adultas. Penso que a internet consegue arrancar o que há de pior em muitas pessoas.
Vou reunir alguns acontecimentos de crianças e adolescentes na internet para ilustrar nossa conversa. Um jovem de 17 anos escreveu contando que abrira uma conta no Twitter, mas que estava prestes a fechar porque percebera que muita gente, inclusive ele, escreve coisas impulsivamente e depois se arrepende, mas aí é tarde demais, porque o texto já se espalhou.
Recebi de uma pessoa conhecida um vídeo com o pedido de uma análise. Eu fiquei tão chocada que logo apaguei, mas as imagens que vi não saem de minha memória. Uma garota, de mais ou menos 12 anos, filmada de frente, faz sexo oral com um menino com mais ou menos a mesma idade. Ao final, ela diz a frase "Agora você", chamando outro garoto que, pelo jeito, está em uma fila. Pelo som, dá para perceber muitas outras crianças por perto.
E, caro leitor: você tem ideia do cenário dessa filmagem? Uma sala de aula de uma escola particular. Não é hora de aula: não há adulto na sala, só crianças. Mas elas estão de uniforme, e as carteiras e a lousa são mostradas.
Uma garota de 14 anos me escreveu desesperada, porque disse que estava namorando e fez vídeos de momentos íntimos dela com o garoto. Agora, ela quer romper o relacionamento e o garoto diz que, se ela o deixar, vai publicar os vídeos no aplicativo de celular chamado Secret, que, por sinal, tem causado muitos danos a essa criançada e aos adolescentes.
O que podemos fazer para colaborar com uma vida mais saudável dessas crianças e dos jovens? Já temos provas de que aconselhar, mostrar os perigos e regular o uso de determinados recursos tecnológicos têm tido poucos resultados. Talvez devêssemos, então, investir mais intensamente na formação deles.
Vejo constantemente depoimentos de adultos que dizem que educação moral, ética, etc. é papel da família. Mas consideremos o contexto da vida atual: a televisão educa, a internet educa, as peças publicitárias educam, os valores sociais educam também. Mesmo que a família invista fortemente na formação dos mais novos integrantes do grupo, eles estão sujeitos a muitas outras influências.
Por isso, investir na formação do espírito crítico dos mais novos talvez seja um bom caminho. Investir nas virtudes é outra boa possibilidade. E isso é papel tanto da família quanto da escola.
Eles precisam saber que os meios de comunicação, que os modismos seguidos por seus pares, que os valores sociais que eles seguem, e tudo o mais podem (e devem) ser questionados. Mas questionados com ideias ancoradas no conhecimento.
Precisamos reconhecer: o potencial de reflexão que eles têm é alto. Só falta acreditarmos nisso.
(SAYÃO, Rosely. A convivência com a internet. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 22 ago. 2014)
Em se tratando de emprego de conectivos, observe as assertivas a seguir:
I – O emprego de MAS – “Mas elas estão de uniforme” (5º parág.) – não expressa necessariamente uma oposição a uma ideia explícita, mesmo que implícita.
II – Em “[...] escreveu desesperada, porque disse que estava namorando [...]” (6º parág.), o emprego do PORQUE introduz uma explicação, a fim de justificar o desespero da garota.
III – O emprego de MAS em – “Mas questionados com ideias ancoradas no conhecimento” (10º parág.), o emprego de MAS introduz um esclarecimento em relação ao que foi expresso anteriormente. Deste modo, funciona como um articulador discursivo que também expressa uma perspectiva opositiva.
IV – Em “mesmo que a família invista [...]” (8º parág.), a expressão conectiva introduz uma ideia de contraste.
Assinale a opção correta: