UCPEL 2012 Verão
54 Questões
Leia o texto a seguir.
A OUTRA NOITE
[1] Outro dia, fui a São Paulo e resolvi voltar à noite,
[2] uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
[3] Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo
[4] e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em
[5] cima, além das nuvens, estava um luar lindo de lua
[6] cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade
[7] eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho,
[8] alvas, uma paisagem irreal.
[9] Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
[10] aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
[11] – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
[12] conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
[13] Confirmei: sim, acima da nossa noite preta,
[14] enlamaçada e torpe, havia uma outra – pura, perfeita
[15] e linda.
[16] – Mas, que coisa...
[17] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o
[18] céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
[19] lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou
[20] pensava em outra coisa.
[21] – Ora, sim senhor...
[22] E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um
[23] “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão
[24] sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito
[25] um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
Na linha 14, a palavra “torpe” só não pode ser entendida como
Leia o texto a seguir.
A OUTRA NOITE
[1] Outro dia, fui a São Paulo e resolvi voltar à noite,
[2] uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
[3] Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo
[4] e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em
[5] cima, além das nuvens, estava um luar lindo de lua
[6] cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade
[7] eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho,
[8] alvas, uma paisagem irreal.
[9] Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
[10] aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
[11] – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
[12] conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
[13] Confirmei: sim, acima da nossa noite preta,
[14] enlamaçada e torpe, havia uma outra – pura, perfeita
[15] e linda.
[16] – Mas, que coisa...
[17] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o
[18] céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
[19] lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou
[20] pensava em outra coisa.
[21] – Ora, sim senhor...
[22] E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um
[23] “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão
[24] sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito
[25] um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
Leia as alternativas a seguir e assinale a opção correta.
I. No texto, “aqui” (linha 2) significa São Paulo.
II. Não há, na narrativa, referências à profissão do autor.
III. No último parágrafo,o autor recorda a despedida fria e descortês do chofer.
Leia o texto a seguir.
A OUTRA NOITE
[1] Outro dia, fui a São Paulo e resolvi voltar à noite,
[2] uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
[3] Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo
[4] e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em
[5] cima, além das nuvens, estava um luar lindo de lua
[6] cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade
[7] eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho,
[8] alvas, uma paisagem irreal.
[9] Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
[10] aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
[11] – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
[12] conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
[13] Confirmei: sim, acima da nossa noite preta,
[14] enlamaçada e torpe, havia uma outra – pura, perfeita
[15] e linda.
[16] – Mas, que coisa...
[17] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o
[18] céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
[19] lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou
[20] pensava em outra coisa.
[21] – Ora, sim senhor...
[22] E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um
[23] “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão
[24] sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito
[25] um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
Em “...e contei a ele que lá em cima...” (linhas 4 e 5), a classe gramatical da palavra sublinhada é
Leia o texto a seguir.
A OUTRA NOITE
[1] Outro dia, fui a São Paulo e resolvi voltar à noite,
[2] uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
[3] Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo
[4] e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em
[5] cima, além das nuvens, estava um luar lindo de lua
[6] cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade
[7] eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho,
[8] alvas, uma paisagem irreal.
[9] Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
[10] aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
[11] – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
[12] conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
[13] Confirmei: sim, acima da nossa noite preta,
[14] enlamaçada e torpe, havia uma outra – pura, perfeita
[15] e linda.
[16] – Mas, que coisa...
[17] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o
[18] céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
[19] lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou
[20] pensava em outra coisa.
[21] – Ora, sim senhor...
[22] E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um
[23] “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão
[24] sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito
[25] um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
Em “...acima da nossa noite preta, enlamaçada e torpe, havia uma outra...” (linhas 13 e 14), a função sintática do que está sublinhado é
Leia o texto a seguir.
A OUTRA NOITE
[1] Outro dia, fui a São Paulo e resolvi voltar à noite,
[2] uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
[3] Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo
[4] e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em
[5] cima, além das nuvens, estava um luar lindo de lua
[6] cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade
[7] eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho,
[8] alvas, uma paisagem irreal.
[9] Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
[10] aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
[11] – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
[12] conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
[13] Confirmei: sim, acima da nossa noite preta,
[14] enlamaçada e torpe, havia uma outra – pura, perfeita
[15] e linda.
[16] – Mas, que coisa...
[17] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o
[18] céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais
[19] lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou
[20] pensava em outra coisa.
[21] – Ora, sim senhor...
[22] E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um
[23] “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão
[24] sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito
[25] um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
Em “...como se eu lhe tivesse feito um presente...” (linhas 24 e 25), o tempo verbal é
Analise as afirmativas e assinale a opção correta.
I. Francisco Lobo da Costa, um dos mestres do fantástico na literatura, aborda uma temática centrada no meio urbano, focalizando várias classes sociais, além de se aventurar a escrever sobre a vida rural, detendo-se no poder de resistência dos camponeses a uma vida de sacrifícios, fadiga e fome.
II. Olavo Bilac, concebendo o mundo como um grande palco, denuncia o vazio das máscaras sociais, chegando ao pessimismo de considerar o ser humano irremediavelmente hipócrita e corrupto.
III. Mário Quintana, erudito e curioso, é o modelo perfeito dos humanistas da Renascença, que lutam para renovar, à luz do pensamento antigo, o ideal filosófico, histórico, romanesco e moral de seu tempo.