Prova UCS 2012 Vestibular de Inverno
100 Questões
Terrorismo do clima?
[1] Nas últimas semanas, um senhor chamado Phill Jones, pesquisador da Universidade de East Anglia, no
Reino Unido, se tornou foco da imprensa mundial. Ele apareceu como o pivô de uma trama cinematográfica que
coloca em xeque os resultados das pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o
IPCC (sigla em inglês). Quando apresentado, em 2007, seu conteúdo catastrófico causou grande comoção mundial,
[5] haja vista as previsões sombrias de um mundo em aquecimento. Jones é acusado de manipular dados, descartando
informações prejudiciais à validação da teoria de um mundo mais quente. Além disso, a própria localização das
estações que medem as temperaturas mundo afora estariam sob suspeita. Equipamentos instalados em áreas rurais
e de altitude elevada, portanto em regiões mais frias, estariam sendo “trocados” por novos aparelhos, colocados
“estrategicamente” em locais mais aquecidos. Um dos exemplos vem de Roma, no aeroporto de Fiumicino. O coletor
[10] está posicionado atrás da pista de decolagem e recebe os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves. Outro
exemplo está na estação de medição do Arizona, instalada num estacionamento de concreto armado, na cidade de
Tucson. Quem faz a denúncia é o principal algoz do Painel de Mudanças Climáticas, o meteorologista Anthony
Watts. Recentemente, ele ganhou um apoio de peso quando o professor de ciências atmosféricas John Christy, da
Universidade do Alabama, que já figurou entre os principais quadros do IPCC, mudou de lado.
[15] Não são claras as razões que motivaram renomados cientistas a se envolver em tamanho escândalo. O fato é
que as denúncias lançam sombras sobre os trabalhos até agora realizados e modificam o rumo das discussões
sobre as mudanças do clima. Países relutantes em adentrar numa agenda de carbono neutro, como Índia e China,
só para citar as duas nações mais populosas do mundo, já questionaram a ideia de aceitar os dados do IPCC. Para
o Brasil, a discussão é sensível principalmente porque o etanol da cana-de-açúcar tem como principal bandeira a
[20] redução de carbono. Não existindo mais metas de carbono, parte do apelo fica no meio do caminho. O contraponto
está no fato de que algumas petroleiras como Shell e BP já compreenderam que a mistura do combustível brasileiro
à gasolina dará uma sobrevida às reservas de petróleo, mantendo seus impérios por mais um longo período.
A boa notícia é que o IPCC será auditado e, antes de eleger novos inimigos, o grupo terá de recuperar a
própria credibilidade. Isso porque alguns algozes do meio ambiente foram criados e a pecuária brasileira esteve
[25] entre eles. Com um rebanho de 200 milhões de cabeças, “estudos” mostraram que a emissão de gases desses
animais poderia acelerar o aquecimento do planeta. Durante as discussões de Copenhague, no início do ano, alguns
países chegaram a aventar a possibilidade de se cobrar uma “taxa de carbono” e entre os alvos estariam justamente
os grandes produtores de carne. Algo que não deve acontecer, pelo menos até que a ciência se mostre novamente
imparcial.
(NETTO, I. IstoÉ Dinheiro, ano 13, n. 649, p. 90, 17 mar. 2010.)
Com base no texto, analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo.
( ) O pronome seu (linha 04) refere-se a xeque (linha 03).
( ) A expressão Além disso (linha 06) indica que não é única a acusação contra Jones.
( ) A regra que justifica a acentuação de petróleo e impérios (linha 22), por conta da marca de plural, não é a mesma.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
Terrorismo do clima?
[1] Nas últimas semanas, um senhor chamado Phill Jones, pesquisador da Universidade de East Anglia, no
Reino Unido, se tornou foco da imprensa mundial. Ele apareceu como o pivô de uma trama cinematográfica que
coloca em xeque os resultados das pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o
IPCC (sigla em inglês). Quando apresentado, em 2007, seu conteúdo catastrófico causou grande comoção mundial,
[5] haja vista as previsões sombrias de um mundo em aquecimento. Jones é acusado de manipular dados, descartando
informações prejudiciais à validação da teoria de um mundo mais quente. Além disso, a própria localização das
estações que medem as temperaturas mundo afora estariam sob suspeita. Equipamentos instalados em áreas rurais
e de altitude elevada, portanto em regiões mais frias, estariam sendo “trocados” por novos aparelhos, colocados
“estrategicamente” em locais mais aquecidos. Um dos exemplos vem de Roma, no aeroporto de Fiumicino. O coletor
[10] está posicionado atrás da pista de decolagem e recebe os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves. Outro
exemplo está na estação de medição do Arizona, instalada num estacionamento de concreto armado, na cidade de
Tucson. Quem faz a denúncia é o principal algoz do Painel de Mudanças Climáticas, o meteorologista Anthony
Watts. Recentemente, ele ganhou um apoio de peso quando o professor de ciências atmosféricas John Christy, da
Universidade do Alabama, que já figurou entre os principais quadros do IPCC, mudou de lado.
[15] Não são claras as razões que motivaram renomados cientistas a se envolver em tamanho escândalo. O fato é
que as denúncias lançam sombras sobre os trabalhos até agora realizados e modificam o rumo das discussões
sobre as mudanças do clima. Países relutantes em adentrar numa agenda de carbono neutro, como Índia e China,
só para citar as duas nações mais populosas do mundo, já questionaram a ideia de aceitar os dados do IPCC. Para
o Brasil, a discussão é sensível principalmente porque o etanol da cana-de-açúcar tem como principal bandeira a
[20] redução de carbono. Não existindo mais metas de carbono, parte do apelo fica no meio do caminho. O contraponto
está no fato de que algumas petroleiras como Shell e BP já compreenderam que a mistura do combustível brasileiro
à gasolina dará uma sobrevida às reservas de petróleo, mantendo seus impérios por mais um longo período.
A boa notícia é que o IPCC será auditado e, antes de eleger novos inimigos, o grupo terá de recuperar a
própria credibilidade. Isso porque alguns algozes do meio ambiente foram criados e a pecuária brasileira esteve
[25] entre eles. Com um rebanho de 200 milhões de cabeças, “estudos” mostraram que a emissão de gases desses
animais poderia acelerar o aquecimento do planeta. Durante as discussões de Copenhague, no início do ano, alguns
países chegaram a aventar a possibilidade de se cobrar uma “taxa de carbono” e entre os alvos estariam justamente
os grandes produtores de carne. Algo que não deve acontecer, pelo menos até que a ciência se mostre novamente
imparcial.
(NETTO, I. IstoÉ Dinheiro, ano 13, n. 649, p. 90, 17 mar. 2010.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
Terrorismo do clima?
[1] Nas últimas semanas, um senhor chamado Phill Jones, pesquisador da Universidade de East Anglia, no
Reino Unido, se tornou foco da imprensa mundial. Ele apareceu como o pivô de uma trama cinematográfica que
coloca em xeque os resultados das pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o
IPCC (sigla em inglês). Quando apresentado, em 2007, seu conteúdo catastrófico causou grande comoção mundial,
[5] haja vista as previsões sombrias de um mundo em aquecimento. Jones é acusado de manipular dados, descartando
informações prejudiciais à validação da teoria de um mundo mais quente. Além disso, a própria localização das
estações que medem as temperaturas mundo afora estariam sob suspeita. Equipamentos instalados em áreas rurais
e de altitude elevada, portanto em regiões mais frias, estariam sendo “trocados” por novos aparelhos, colocados
“estrategicamente” em locais mais aquecidos. Um dos exemplos vem de Roma, no aeroporto de Fiumicino. O coletor
[10] está posicionado atrás da pista de decolagem e recebe os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves. Outro
exemplo está na estação de medição do Arizona, instalada num estacionamento de concreto armado, na cidade de
Tucson. Quem faz a denúncia é o principal algoz do Painel de Mudanças Climáticas, o meteorologista Anthony
Watts. Recentemente, ele ganhou um apoio de peso quando o professor de ciências atmosféricas John Christy, da
Universidade do Alabama, que já figurou entre os principais quadros do IPCC, mudou de lado.
[15] Não são claras as razões que motivaram renomados cientistas a se envolver em tamanho escândalo. O fato é
que as denúncias lançam sombras sobre os trabalhos até agora realizados e modificam o rumo das discussões
sobre as mudanças do clima. Países relutantes em adentrar numa agenda de carbono neutro, como Índia e China,
só para citar as duas nações mais populosas do mundo, já questionaram a ideia de aceitar os dados do IPCC. Para
o Brasil, a discussão é sensível principalmente porque o etanol da cana-de-açúcar tem como principal bandeira a
[20] redução de carbono. Não existindo mais metas de carbono, parte do apelo fica no meio do caminho. O contraponto
está no fato de que algumas petroleiras como Shell e BP já compreenderam que a mistura do combustível brasileiro
à gasolina dará uma sobrevida às reservas de petróleo, mantendo seus impérios por mais um longo período.
A boa notícia é que o IPCC será auditado e, antes de eleger novos inimigos, o grupo terá de recuperar a
própria credibilidade. Isso porque alguns algozes do meio ambiente foram criados e a pecuária brasileira esteve
[25] entre eles. Com um rebanho de 200 milhões de cabeças, “estudos” mostraram que a emissão de gases desses
animais poderia acelerar o aquecimento do planeta. Durante as discussões de Copenhague, no início do ano, alguns
países chegaram a aventar a possibilidade de se cobrar uma “taxa de carbono” e entre os alvos estariam justamente
os grandes produtores de carne. Algo que não deve acontecer, pelo menos até que a ciência se mostre novamente
imparcial.
(NETTO, I. IstoÉ Dinheiro, ano 13, n. 649, p. 90, 17 mar. 2010.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
Terrorismo do clima?
[1] Nas últimas semanas, um senhor chamado Phill Jones, pesquisador da Universidade de East Anglia, no
Reino Unido, se tornou foco da imprensa mundial. Ele apareceu como o pivô de uma trama cinematográfica que
coloca em xeque os resultados das pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o
IPCC (sigla em inglês). Quando apresentado, em 2007, seu conteúdo catastrófico causou grande comoção mundial,
[5] haja vista as previsões sombrias de um mundo em aquecimento. Jones é acusado de manipular dados, descartando
informações prejudiciais à validação da teoria de um mundo mais quente. Além disso, a própria localização das
estações que medem as temperaturas mundo afora estariam sob suspeita. Equipamentos instalados em áreas rurais
e de altitude elevada, portanto em regiões mais frias, estariam sendo “trocados” por novos aparelhos, colocados
“estrategicamente” em locais mais aquecidos. Um dos exemplos vem de Roma, no aeroporto de Fiumicino. O coletor
[10] está posicionado atrás da pista de decolagem e recebe os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves. Outro
exemplo está na estação de medição do Arizona, instalada num estacionamento de concreto armado, na cidade de
Tucson. Quem faz a denúncia é o principal algoz do Painel de Mudanças Climáticas, o meteorologista Anthony
Watts. Recentemente, ele ganhou um apoio de peso quando o professor de ciências atmosféricas John Christy, da
Universidade do Alabama, que já figurou entre os principais quadros do IPCC, mudou de lado.
[15] Não são claras as razões que motivaram renomados cientistas a se envolver em tamanho escândalo. O fato é
que as denúncias lançam sombras sobre os trabalhos até agora realizados e modificam o rumo das discussões
sobre as mudanças do clima. Países relutantes em adentrar numa agenda de carbono neutro, como Índia e China,
só para citar as duas nações mais populosas do mundo, já questionaram a ideia de aceitar os dados do IPCC. Para
o Brasil, a discussão é sensível principalmente porque o etanol da cana-de-açúcar tem como principal bandeira a
[20] redução de carbono. Não existindo mais metas de carbono, parte do apelo fica no meio do caminho. O contraponto
está no fato de que algumas petroleiras como Shell e BP já compreenderam que a mistura do combustível brasileiro
à gasolina dará uma sobrevida às reservas de petróleo, mantendo seus impérios por mais um longo período.
A boa notícia é que o IPCC será auditado e, antes de eleger novos inimigos, o grupo terá de recuperar a
própria credibilidade. Isso porque alguns algozes do meio ambiente foram criados e a pecuária brasileira esteve
[25] entre eles. Com um rebanho de 200 milhões de cabeças, “estudos” mostraram que a emissão de gases desses
animais poderia acelerar o aquecimento do planeta. Durante as discussões de Copenhague, no início do ano, alguns
países chegaram a aventar a possibilidade de se cobrar uma “taxa de carbono” e entre os alvos estariam justamente
os grandes produtores de carne. Algo que não deve acontecer, pelo menos até que a ciência se mostre novamente
imparcial.
(NETTO, I. IstoÉ Dinheiro, ano 13, n. 649, p. 90, 17 mar. 2010.)
Com base no texto, pode-se afirmar que o posicionamento defendido por Jones é questionável
I. em virtude da não fidedignidade das informações apresentadas.
II. por não serem mantidas as mesmas condições em que as pesquisas anteriores foram realizadas.
III. pela repercussão do apoio recebido do professor John Christy.
Das afirmações acima,
Terrorismo do clima?
[1] Nas últimas semanas, um senhor chamado Phill Jones, pesquisador da Universidade de East Anglia, no
Reino Unido, se tornou foco da imprensa mundial. Ele apareceu como o pivô de uma trama cinematográfica que
coloca em xeque os resultados das pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o
IPCC (sigla em inglês). Quando apresentado, em 2007, seu conteúdo catastrófico causou grande comoção mundial,
[5] haja vista as previsões sombrias de um mundo em aquecimento. Jones é acusado de manipular dados, descartando
informações prejudiciais à validação da teoria de um mundo mais quente. Além disso, a própria localização das
estações que medem as temperaturas mundo afora estariam sob suspeita. Equipamentos instalados em áreas rurais
e de altitude elevada, portanto em regiões mais frias, estariam sendo “trocados” por novos aparelhos, colocados
“estrategicamente” em locais mais aquecidos. Um dos exemplos vem de Roma, no aeroporto de Fiumicino. O coletor
[10] está posicionado atrás da pista de decolagem e recebe os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves. Outro
exemplo está na estação de medição do Arizona, instalada num estacionamento de concreto armado, na cidade de
Tucson. Quem faz a denúncia é o principal algoz do Painel de Mudanças Climáticas, o meteorologista Anthony
Watts. Recentemente, ele ganhou um apoio de peso quando o professor de ciências atmosféricas John Christy, da
Universidade do Alabama, que já figurou entre os principais quadros do IPCC, mudou de lado.
[15] Não são claras as razões que motivaram renomados cientistas a se envolver em tamanho escândalo. O fato é
que as denúncias lançam sombras sobre os trabalhos até agora realizados e modificam o rumo das discussões
sobre as mudanças do clima. Países relutantes em adentrar numa agenda de carbono neutro, como Índia e China,
só para citar as duas nações mais populosas do mundo, já questionaram a ideia de aceitar os dados do IPCC. Para
o Brasil, a discussão é sensível principalmente porque o etanol da cana-de-açúcar tem como principal bandeira a
[20] redução de carbono. Não existindo mais metas de carbono, parte do apelo fica no meio do caminho. O contraponto
está no fato de que algumas petroleiras como Shell e BP já compreenderam que a mistura do combustível brasileiro
à gasolina dará uma sobrevida às reservas de petróleo, mantendo seus impérios por mais um longo período.
A boa notícia é que o IPCC será auditado e, antes de eleger novos inimigos, o grupo terá de recuperar a
própria credibilidade. Isso porque alguns algozes do meio ambiente foram criados e a pecuária brasileira esteve
[25] entre eles. Com um rebanho de 200 milhões de cabeças, “estudos” mostraram que a emissão de gases desses
animais poderia acelerar o aquecimento do planeta. Durante as discussões de Copenhague, no início do ano, alguns
países chegaram a aventar a possibilidade de se cobrar uma “taxa de carbono” e entre os alvos estariam justamente
os grandes produtores de carne. Algo que não deve acontecer, pelo menos até que a ciência se mostre novamente
imparcial.
(NETTO, I. IstoÉ Dinheiro, ano 13, n. 649, p. 90, 17 mar. 2010.)
Com base no texto, pode-se afirmar que
Terrorismo do clima?
[1] Nas últimas semanas, um senhor chamado Phill Jones, pesquisador da Universidade de East Anglia, no
Reino Unido, se tornou foco da imprensa mundial. Ele apareceu como o pivô de uma trama cinematográfica que
coloca em xeque os resultados das pesquisas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o
IPCC (sigla em inglês). Quando apresentado, em 2007, seu conteúdo catastrófico causou grande comoção mundial,
[5] haja vista as previsões sombrias de um mundo em aquecimento. Jones é acusado de manipular dados, descartando
informações prejudiciais à validação da teoria de um mundo mais quente. Além disso, a própria localização das
estações que medem as temperaturas mundo afora estariam sob suspeita. Equipamentos instalados em áreas rurais
e de altitude elevada, portanto em regiões mais frias, estariam sendo “trocados” por novos aparelhos, colocados
“estrategicamente” em locais mais aquecidos. Um dos exemplos vem de Roma, no aeroporto de Fiumicino. O coletor
[10] está posicionado atrás da pista de decolagem e recebe os gases aquecidos emitidos pelas aeronaves. Outro
exemplo está na estação de medição do Arizona, instalada num estacionamento de concreto armado, na cidade de
Tucson. Quem faz a denúncia é o principal algoz do Painel de Mudanças Climáticas, o meteorologista Anthony
Watts. Recentemente, ele ganhou um apoio de peso quando o professor de ciências atmosféricas John Christy, da
Universidade do Alabama, que já figurou entre os principais quadros do IPCC, mudou de lado.
[15] Não são claras as razões que motivaram renomados cientistas a se envolver em tamanho escândalo. O fato é
que as denúncias lançam sombras sobre os trabalhos até agora realizados e modificam o rumo das discussões
sobre as mudanças do clima. Países relutantes em adentrar numa agenda de carbono neutro, como Índia e China,
só para citar as duas nações mais populosas do mundo, já questionaram a ideia de aceitar os dados do IPCC. Para
o Brasil, a discussão é sensível principalmente porque o etanol da cana-de-açúcar tem como principal bandeira a
[20] redução de carbono. Não existindo mais metas de carbono, parte do apelo fica no meio do caminho. O contraponto
está no fato de que algumas petroleiras como Shell e BP já compreenderam que a mistura do combustível brasileiro
à gasolina dará uma sobrevida às reservas de petróleo, mantendo seus impérios por mais um longo período.
A boa notícia é que o IPCC será auditado e, antes de eleger novos inimigos, o grupo terá de recuperar a
própria credibilidade. Isso porque alguns algozes do meio ambiente foram criados e a pecuária brasileira esteve
[25] entre eles. Com um rebanho de 200 milhões de cabeças, “estudos” mostraram que a emissão de gases desses
animais poderia acelerar o aquecimento do planeta. Durante as discussões de Copenhague, no início do ano, alguns
países chegaram a aventar a possibilidade de se cobrar uma “taxa de carbono” e entre os alvos estariam justamente
os grandes produtores de carne. Algo que não deve acontecer, pelo menos até que a ciência se mostre novamente
imparcial.
(NETTO, I. IstoÉ Dinheiro, ano 13, n. 649, p. 90, 17 mar. 2010.)
Com base no texto, pode-se afirmar que