Redação #924034
Para a filósofa alemã Hannah Arendt, a sociedade banalizou o mal, ou seja, antes o que era ruim hoje se tornou comum. E não distante disto, a sociedade brasileira enfrenta dificuldades para garantir seu acesso à cidadania. Visto que seu principal agravante seja a falta do registro oficial, é necessário observar suas causas e conseuqências.
Primeiramente, vale ressaltar que apenas cidadãos tem seus direitos garantidos no Brasil. Apesar de na Constituição Brasileira de 1988 prevê que todos tem acesso à educação, saúde e moradia, estes só são válidos aos que possuem registro civil como o Cadastro de Pessoa Física (CPF). Para obter esta documentação, que pode demorar dias ou até meses, pois além da superlotação nos locais de cadastro, o sistema responsável por isto é instável. É necessário, para alguns, o deslocamento até a capital de seu estado, criando assim um empecilho para obter esse documento.
Outrassim, em resultado à dificuldade de acesso à documentação, a invisibilidade brasileira vem aumentando. Como para Gilberto Dimenstein, escritor da obra Cidadão de Papel, defende que o Brasil é um país no qual a legislação funciona apenas na teoria, pois é impossível que uma pessoa invisível para o governo tenha acesso aos seus direitos, como a educação, agravando o percentual de analfabetismo, pois só é possível efetuar matrícula nas escolas com apresentação de documentos.
Portanto, para combater a problemática é preciso medidas urgentes. Desse modo, cabe ao Governo Federal, responsável pela administração do país, disponibilizar verbas para o investimento no setor de tecnologia para que o direito a cidadania chegue mais rápido a todos por meio do melhoramento do sistema tornando mais veloz e estável. Apenas assim o Brasil poderá contradizer a filósofa alemã.
Palmas - TO