Redação #933199
Na Grécia Antiga, aquele conhecido como ser era o cidadão, já que este participava da Ágora, local de debates. Diante desse contexto, torna-se inquestionável a importância do pertenciemnto ao Estado, algo que, muitos habitantes, no Brasil, encontram dificuldades, pois seu contexto de origem e restrição histórica propiciam invisibilidade.
Em primeiro lugar, ressalta-se que a necessidade de sobrevivência se sobrepõe ao ensino em algumas regionalidades nacionais, tendo concentração nas do Nordeste e Norte, o que acaba por gerar a emigração dessas pessoas ao Sudeste, que abriga grandes centros comerciais, mas que não é adequada para uma grande qualidade de vida. O filme Central Brasil promove a reflexão acerca daqueles esquecidos pelas autoridades, o que vai de encontro a sua não identificação primária, e, portanto, sua pobreza, já que a documentação é o que dá acesso a diversos setores inclusivos da sociedade.
Além do mais, a prática colonial de exclusão aos ex-escravizados é capaz de direcionar o grupo mais atingido por essa problemática: os negros, visto que era negado a eles terra e renda, assim como o direito ao voto, sendo esta o grande qualificador de um cidadão. Este fato espelha a realidade que se encontra hoje em dia, pois esta população é a que apresenta menos conhecimento de seus direitos, continuando a ocupar lugares inóspitos e opressivos por conta disso.
Diante da essencialidade do pertecimento a uma comunidade, faz-se preciso, no Brasil, por meio de ações de intervenção do Ministério da Educação, órgão responsabilizado pela coordenação das instituições de ensino, a maior disseminação e incentivo nas salas de aula, com palestras e debates acerca do tema. Deste modo, todos terão acesso a Àgora contemporânea.
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