Questões de Português - Leitura e interpretação de textos - Gêneros textuais - Verbais/Narrativos - canção
Leia a letra da Canção pra Amazônia, composta por Nando Reis e Carlos Rennó, para responder à questão.
Maior floresta tropical da Terra
a toda hora sofre um duro golpe.
Contra trator, corrente, motosserra,
a bela flora clama em vão: “Me poupe!”
[5] Porém tem uma gente surda e cega
para a beleza e o valor da mata,
embora o mundo grite que já chega,
pois é a vida que o desmate mata.
Mais vasta ainda todavia é a devastação e o trauma:
[10] focos de fogo nos sufocam fauna, flora e até a alma.
Amazônia!
Razão de tanta insânia e tanta insônia!
Objeto de omissão e ação errônea!
É sem igual, sem plano B nem clone a
[15] Amazônia!
[...]
Dos povos da floresta sob pressão,
o indígena, seu grande guardião,
em comunhão com ela há milênios,
nos últimos e trágicos decênios,
[20] vem vendo a mata sendo ameaçada
e cada terra deles atacada
por levas de peões de poderosos
com planos de riqueza horrorosos.
É invasão!, destruição!, ódio a quem são seus empecilhos!
[25] Eles não pensam no amanhã nem do planeta nem dos próprios filhos!
https://tinyurl.com/wk2zp473%20Acesso%20em:%2016.08.2023.%20Adaptado.
Segundo a letra da canção,
“Deus fez o mar, as árvore, as criança, o amor
O homem me deu a favela, o crack, a trairagem, as arma, as
bebida, as puta
Eu?! Eu tenho uma Bíblia velha, uma pistola automática e
um sentimento de revolta
Eu tô tentando sobreviver no inferno”.
(RACIONAIS MC’S. Gênesis. In: Sobrevivendo no inferno. São Paulo: Companhia das Letras, p. 45, 2018.)
A palavra “Gênesis” dá nome ao primeiro livro da Bíblia. Considerando a obra, na íntegra, dos Racionais MC’s e o excerto acima dela reproduzido, pode-se dizer que, em relação a esse trecho, “gênesis” seria uma alusão
Leia o texto para responder à questão.
Texto I
Tô enfiado na lama.
É um bairro sujo,
onde os urubus têm casas
e eu não tenho asas,
mas estou aqui em minha casa
onde os urubus têm asas.
Vou pintando, segurando a parede,
no mangue do meu quintal Manguetown.
CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI. “Manguetown”, in.: Afrociberdelia. Rio de Janeiro: Chaos, 1996. Adaptado.
Texto II
Da lama ao caos, do caos à lama (...)
Eu vi um chié andando devagar,
e um aratu pra lá e pra cá,
e um caranguejo andando pro sul,
saiu do mangue, virou gabiru.
Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça,
quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça.
CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI. Da lama ao caos. Rio de Janeiro: Chaos, 1994. Adaptado.
Vocabulário
Chié: pequeno caranguejo também conhecido como chama-maré.
Aratu: outra espécie de caranguejo.
Os trechos apresentados retratam um cenário caracterizado
Eis aqui este sambinha feito numa nota só
Outras notas vão entrar
Mas a base é uma só
Esta outra consequência do que acabo de dizer
Como eu sou a consequência inevitável de você
Já me utilizei de toda a escala no final não sobrou
nada
E voltei pra minha nota como eu volto pra você
Vou contar com a minha nota
Como eu gosto de você
REGINA, Elis; JOBIM, Tom. Disponível em: https://www.letras.mus.br/elis-regina/881711/. Acesso em: 10 set. 2021.
Na canção de Tom Jobim e Elis Regina, observa-se que o eu lírico emprega um recurso expressivo conhecido como
Morro velho
No sertão da minha terra,
fazenda é o camarada que ao chão se deu.
Fez a obrigação com força,
parece até que tudo aquilo ali é seu.
[05] Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho,
lindo a crescer.
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada.
Filho do branco e do preto,
correndo pela estrada atrás de passarinho.
[10] Pela plantação adentro,
crescendo os dois meninos, sempre pequeninos.
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha,
dá pro fundo ver.
Orgulhoso camarada conta histórias pra moçada.
[15] Filho do sinhô vai embora,
tempo de estudos na cidade grande.
Parte, tem os olhos tristes,
deixando o companheiro na estação distante.
“Não me esqueça, amigo, eu vou voltar.”
[20] Some longe o trenzinho ao deus-dará.
Quando volta já é outro,
trouxe até sinhá-mocinha para apresentar.
Linda como a luz da lua
que em lugar nenhum rebrilha como lá.
[25] Já tem nome de doutor
e agora na fazenda é quem vai mandar.
E seu velho camarada
já não brinca, mas trabalha.
MILTON NASCIMENTO
Adaptado de miltonnascimento.com.br
fazenda é o camarada que ao chão se deu. (l. 2)
No verso da canção de Milton Nascimento, o poeta apresenta uma definição da palavra “fazenda”.
Com base na primeira estrofe, essa definição destaca o seguinte elemento do contexto descrito:
A modernidade é produtora de contradições que não passam despercebidas aos artistas: por meio de suas obras, expressam a insatisfação quanto ao desenvolvimento e ao progresso; surpreendidos pela emergência de conflitos, põem em xeque o ideal iluminista, trazendo um olhar crítico para interpretar a sociedade.
Considerando esse contexto, julgue o item a seguir.
Arnaldo Antunes, em sua música O real resiste, utiliza-se reiteradamente do advérbio de negação não, mas para afirmar o seu contrário (sim), expressando indignação diante da manipulação da realidade.
A insistência em nomear o real como algo perigoso e assustador confere à canção tom tenso, evocando o mundo primário da violência e evidenciando os contextos virtuais que existem de forma natural no mundo real.
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